Para refletir...
Inicio essa nossa conversa com a seguinte pergunta:
“O que estamos ensinando às nossas crianças?”
Faço esse questionamento, pois diversas vezes escutei frases como:
- João é muito egoísta!
- Sofia é sempre preguiçosa!
- Coitado, Pedro é tão triste!
- A Maria é assim mesmo, não aprende!
Pensando nisso, novamente repito a pergunta: O que estamos ensinando às nossas crianças?
Estamos ensinando que elas são agressivas, egoístas, preguiçosas, tristes, que não são capazes de aprender.
Por que insistimos em caracterizar a criança dizendo o que ela “é”?
Então, proponho o seguinte: Que tal mudarmos a nossa visão de “a criança é” para “a criança está”?
Repare como as mesmas frases ficariam com a "pequena" mudança:
- Nesse momento João não está sabendo dividir seus brinquedos com os colegas!
- Nos últimos dias Sofia não está fazendo as atividades escolares!
- Pedro estava chorando na escola!
- A Maria não está entendendo o conteúdo de matemática!
Ao ler cada uma dessas “novas” frases, você possivelmente se fez algumas perguntas, como: “Por que Pedro estava chorando?” ou “Por que Sofia não fez as atividades?”.
Quando olhamos dessa forma, não caracterizamos ou estigmatizamos a criança por uma atitude tomada, mas buscamos entender os motivos que a levaram a agir de tal modo, a se relacionar com os outros de uma outra forma, a aprender de uma maneira específica.
Assim, ao entender a criança em sua totalidade, conseguimos construir a melhor forma de ajudá-la, apoiá-la e orientá-la.